As barreiras invisíveis da separação



Foi só depois da leitura do livro "Quarto de Despejo: diário de uma favelada" da Carolina de Jesus, que eu me fiz uma perguntinha.
Por que será que existe tanta Desigualdade no Brasil?

Pela primeira vez, percebi que existia gente mais pobre que eu. Eu tinha 10/11 anos. Aquele livro me marcou profundamente e deixou no meu subconsciente essa perguntinha que volta e meia aparecia (Vôti) sem eu entender direito. Lá estava eu fazendo Ciências Sociais e indo fazer pesquisa de campo num bairro periférico (chamado de favela) em João Pessoa. Já repararam na bruta diferença sócioespacial que vemos por aí nas cidades? Adoro a narrativa do quadrinista Will Eisner sobre as cidades e o seu olhar sensível sobre o caos dos centros urbanos e, apesar de tudo, nas relações humanas que ainda resistem em um lugar tão cheio de superficialidade. E pra não ir tão longe, o cá nosso Lima Barreto e sua crítica ferrenha social. Existe melhor? De todo modo, seja o tempo que eu caminhava no São José pra uma pesquisa qualquer, os livros por aí aos montes que falam sobre isso e aquilo da separação social, existe melhor livro que o mundo? O mundo tá aí, separado pras vistas ver e enxergar. A questão é: até quando?
E sobre a separação entre Campo X Cidade? Vixiiii, Maria, haja foto pra falar disso. (Rs)

Foto: pode não representar nada, mas pode representar o retrato social brasileiro. Lá eu (mulher e pele clara) de um lado, os trabalhadores da fazenda (homens e pele escura) do outro e, no centro, o fazendeiro com os funcionários do ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Ministério do Meio Ambiente)
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As razões por trás da foto: trilha de reconhecimento para futura abertura do Parque Serra das Lontras, Arataca, Bahia. .
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O que o teu mundo têm te mostrado que você ainda teima em não ver? ..

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