Planejar o sonho parte II


Pegamos um táxi para chegar na muvuca do carnaval do Recife antigo. Que loucura de gente. Lá vai uma caipirinha, 5 conto, luiz fica zerado. Vamos simbora "carnavalescar" na frente do palco. E, depois de muita música ouvir, dançar, gritar...lá se vamos caminhar, né meu povo. Curtir carnaval sem "bater pernas" não é curtir. E, aí, nessa caminhada, uma coisa, dentre varias que rolaram, aconteceu, comigo..a coisa mais viajosa, psicodélica que já vivenciei completamente consciente. Se você já escutou a música "Music for the Funeral of Queen Mary" do Purcell no plano de fundo do filme Laranja Mecânica, massa, sabe do que estou falando. Se não, vá lá escutar no YouTube. Putz. Estava eu caminhando pelas ruelas do Recife antigo, madrugada e, por um momento, estava tocando esta música na rua..e eu alí, entrando na rua decadente, putrefata de pessoas, cheiros e odores dos mais "indignos" de qualquer cenário bucólico grotesco. Enquanto caminhava adentrando o beco cheio de pessoas embriagadas (eu estava completamente sã, reitero) olhando para os lados e vendo toda aquela cena (pessoas caídas, casais se beijando, homem com homem, mulher com mulher, homem com mulher e mulher..mais parecendo uma casa de swing) lá sigo eu observando e captando tudo no baú das minhas memórias e não fazendo nenhum julgamento moral...só estava experienciando visualmente aquilo que o famoso Carnaval de Recife poderia me proporcionar. Até hoje lembro dessa experiência visual e sonora. Que doido (cabeça afetada por livros e filmes, dá nisso..vejo cenário em tudo..KK)Dalí, continuamos seguindo e entrando em vários bares para só conhecer e, por fim, depois de muito caminhar, chegamos na praça e, aí, acontece a segunda experiência visual mais sinistra que só um carnaval de recife (ou não) poderia proporcionar.
ar.



Continua... .



Foto: Eu e Raissa querendo ver o Cristo a pé, pelos trilhos...mas, desistimos! ENEL (2009)

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